quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MINHAS ASAS - (MY WINGS)


Percebi em meu silêncio que não tinha asas.
E cai na vastidão de um esquecimento qualquer.
Olhei bem para o alto enquanto caia.
Vi que tudo era questão do agora de viver para mim.
E não para a escuridão.

Com as costas nuas abri meus braços.
Esperando a interminável queda.
As insolúveis propostas referidas ao tempo.
A escuridão é vaga e limitada.
Eu não tenho asas.

E nas desdenhas da Luz em minha sombra.
Encontrei meu verdadeiro eu.
Enroscados nos medos que acumulei no tempo.
Tudo estava claro, não podia mais voltar.
Eu não tinha asas.

Imaginar que a queda fosse tão infinita.
Que a vida fosse tão simples de se resolver.
Onde qualquer pesadelo mudasse para belos sonhos.
Onde vou cair?
Eu não sei, não tenho asas para poder voltar.

O frio tomou conta de meu corpo.
Senti que estava próximo de algo que ia me tirar o fôlego.
Fechei os olhos.
E meus ouvidos abriram para um silencio total.
Abri meu olhos.
Estava voltando a luz.
Percebi que ainda não tinha asas.
Mas aprendi a voar com o tempo em que caia em minha escuridão.
Luciano de Alencar
(LA-111810-SS)
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MY WINGS

I realized in my silence that had no wings.
And falls in the vastness of an oversight whatsoever.
I looked directly into the air while falling.
I saw that everything was now a question of life for me.
And not for the darkness.

With the naked back opened my arms.
Expecting endless fall.
The insoluble proposals referred to time.
Darkness is vague and limited.
I do not have wings.

And in contempt Light in my shadow.
I found my true self.
Screwed on the fears that I have accumulated over time.
Everything was clear, could not come back.
I had no wings.

Imagine that the fall was as infinite.
That life was so simple to solve.
Where any change to beautiful nightmare dreams.
Where will I fall?
I do not know, I do not have wings to return.

The chill came over my body.
I felt I was close to something that would take my breath away.
I closed my eyes.
And my ears opened for a spell.
I opened my eyes.
Was coming to light.
I realized I still had no wings.
But I learned to fly with the time they fall into my darkness.

Luciano de Alencar
(LA-111810-SS)

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LE MIE ALI

Mi sono reso conto nel mio silenzio che non aveva le ali.
E cade nella vastità di una svista di sorta.
Ho guardato direttamente in aria cadendo.
Ho visto che tutto era ormai una questione di vita per me.
E non per il buio.

Con la parte posteriore nuda aperto le braccia.
In attesa di caduta senza fine.
Le proposte di cui insolubili tempo.
Il buio è vaga e limitata.
Non ho le ali.

E nella Luce 
disprezzo
 nella mia ombra.
Ho trovato il mio vero io.
Avvitato sulle paure che ho accumulato nel corso del tempo.
Tutto era chiaro, non poteva tornare.
Non avevo le ali.

Immaginate che il calo è stato come infinito.
Che la vita era così semplice da risolvere.
Qualora intervengano cambiamenti che ai sogni da incubo belle.
Dove cado?
Non lo so, non ho le ali per tornare.

Il freddo è venuto sul mio corpo.
Mi sentivo vicino a qualcosa che togliermi il respiro.
Ho chiuso gli occhi.
E le mie orecchie aperte per un incantesimo.
Aprii gli occhi.
Era venuta alla luce.
Mi sono reso conto che avevo ancora senza ali.
Ma ho imparato a volare con il tempo cadono nel mio buio.

Luciano de Alencar
(LA-111.810-SS)




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